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Zanin completa um mês no STF com coleção de posicionamentos conservadores

Por um lado, Zanin tem sido criticado por aliados do presidente Lula, mas, por outro, conservadores e opositores do governo se dizem positivamente surpreendidos com o ministro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin completa neste domingo um mês que passou a fazer parte da Corte. Desde então, seus votos vêm repercutindo no meio político. Isso porque a expectativa de que seus posicionamentos se alinhassem a pautas progressistas e do governo Lula nem sempre foram cumpridas.

Indicado pelo presidente Lula (PT), Zanin tem mostrado independência. Até agora, ele foi contrário, por exemplo, à descriminalização do porte da maconha, ao marco temporal para a demarcação de terras indígenas e ainda à equiparação de atos contra a população LGBTQIA+ ao crime de injúria racial. Mais recentemente ele ainda arquivou processo que investigava omissão de Bolsonaro na compra de vacinas contra Covid-19

Apesar de ser querido por seus colegas ministros, no cenário político, Zanin tem sido criticado por aliados do presidente Lula. Em compensação, conservadores e opositores do governo se dizem positivamente surpreendidos com o ministro.

Marco Feliciano (PL-SP), por exemplo, já agradeceu publicamente o ex-advogado de Lula através de suas redes sociais. Ele afirmou que “a ala esquerdista do direito” estaria incomodada com Zanin por ele “julgar com equidade e razoabilidade, adstrito às suas convicções jurídicas”. “A família cristã conservadora brasileira lhe agradece, ministro Zanin”, completou Feliciano.

Em entrevista à Rádio Metropole, o jornalista Pedro Doria avaliou os posicionamentos de Zanin como conservadores e afirmou que sua indicação foi um erro para Lula. “Partindo-se do princípio de que uma das preocupações do presidente Lula, como político de esquerda, é deixar um legado progressista para o Brasil, ou seja, um processo de expansão de direitos, Zanin se torna um problema, porque os votos dele têm sido consistentemente em par com os dois ministros bolsonaristas da Corte e isso não era esperado”, analisou o jornalista.

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