A Unicamp aprovou nesta terça-feira, 22, duas mudanças importantes para o processo de ingresso de alunos na universidade: a implementação de cotas étnico-raciais para o vestibular 2019, e a criação de um vestibular indígena, a se tornar obrigatório a partir de 2021. A mudança, segundo o reitor Marcelo Knobel, procura representar melhor a sociedade dentro da universidade.
Das 3,3 mil oportunidades oferecidas nos 70 cursos de graduação da Unicamp, 15% serão preenchidas por alunos autodeclarados pretos e pardos no momento da inscrição, 10% das vagas oriundas do ENEM serão também preenchidas por alunos cotistas, e outros 10% das vagas do ENEM irão para alunos de escolas públicas.
Já o vestibular indígena será facultativo em 2019 e 2020, mas se tornará obrigatório em 2021. O ingresso dos alunos de origem indígena se dará provavelmente através de cadeiras extras ou do direcionamento de vagas não preenchidas na primeira chamada.
Outra decisão tomada pelo conselho foi de oferecer vagas extras para destaques em olimpíadas de abrangência nacional, para alunos que tenham sido no mínimo bronze. A eficácia de tais processos de inclusão já é um fato notável e transformador, e a decisão tomada pelo conselho de uma das mais importantes universidades do país é uma grande notícia para o fundamental e urgente processo de diminuir a desigualdade em todos os sentidos no país.