Uma eleição, um passeio

A eleição de 1990, no Amazonas de 900 mil eleitores, foi um verdadeiro passeio. Pela ordem de votação Gilberto Mestrinho, Mário Frota, Deusamir Pereira e Wilson Alecrim(apoiado pelo prefeito Artur Neto) eram os candidatos que disputavam o governo do Estado. Para o Senado  Amazonino Mendes, Marlene Pardo, Jefferson Péres estavam na disputa. Em jogo apenas 1 vaga para o senado daquele ano. 

AUSÊNCIA DE ESCRUTINADORES E MESÁRIOS 

Em 1990, o TRE viu-se às voltas com a ausência de mesários. O juíz Jomar Fernandes, coordenador do pleito, desabafou à época:

“Esta falta de consciência da população brasileira, achando que está prestando um favor à Justiça Eleitoral quando é convocado para o serviço prejudica bastante os trabalhos. Eu acho que todos devem ter a consciëncia que isso não é em absoluto um favor, mas sim um dever para a nação”. O juíz Dr. Cláudio Hoessing disse na ocasião que “os faltosos seriam rigorosamente pinidos pela legislação eleitoral”. 

Recorde, caro leitor, que o Amazonas vinha firme naquela  ‘pegada’ Gilberto x Amazonino’ desde 1982, passando pela eleição de Manoel Ribeiro (prefeito eleito em 1985), e a retumbante vitória de Amazonino para o governo nas eleições de 1986.

Não olvidemos que dois anos antes, em 1988, Artur Neto venceu Gilberto para a prefeitura de Manaus. “Uma proeza e tanto ” diria Artur anos depois. 

À época, batendo dominó com amigos, Amazonino confidenciara sobre àquelas eleições de 88: “Eu avisei que ele(GM) ia perder. Mas o velho foi teimoso”.

Eleito para o senado da república, onde ficara apenas 1 ano e meio para depois renunciar e concorrer a prefeito de Manaus em 1992, Amazonino Mendes obteve 63 % dos votos válidos.

ERAM OS ANOS 90.

Marcelo Guerra / Jornalista MTB 492/AM – MBA Administração Pública
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