Saullo Vianna rebate declaração de economista que chamou Zona Franca de Manaus de ‘aberração’
Em seu pronunciamento na Câmara dos Deputados, na noite desta terça-feira (24), o deputado Saullo Vianna (União-AM) rebateu de maneira dura e didática a declaração polêmica do economista Alexandre Schwartsman, que durante uma entrevista ao Jornal da TV Cultura, chamou o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) de ‘aberração’.
Segundo o deputado, o modelo de desenvolvimento econômico instalado em Manaus, faz com que os amazonenses tenham oportunidade de trabalho, de renda e entrega grande contrapartida para o mundo. “No Amazonas moram mais de quatro milhões de habitantes que têm direito de ter trabalho, renda, de se alimentar e ter sua cidadania respeitada. O senhor precisa ter uma aula de geografia para conhecer o seu país e uma aula de história para respeitar a Zona Franca de Manaus e o estado do Amazonas”, disse em seu pronunciamento direcionado a Alexandre Schwartsman.
Ferrenho defensor do modelo, Saullo ressaltou a importância econômica da ZFM para a região e para o país como um todo. “Esse modelo ajuda a desenvolver o Amazonas. Nos primeiros sete meses, de janeiro a julho, a Zona Franca de Manaus faturou R$ 98 bilhões, emprega mais de 500 mil amazonenses de maneira direta e indireta, além de dar uma contrapartida importante para o Brasil e para o mundo que é a preservação de mais de 90% da floresta em pé”, afirmou o deputado.
*Entenda -* Durante a entrevista, a jornalista Kary Bravo questionou se a seca estava prejudicando a economia do Brasil devido a um erro de planejamento da economia local para estiagem, ou se seria decorrente de oscilações no mercado. Schwartsman respondeu afirmando que a Zona Franca de Manaus era uma “aberração” e que a indústria deveria estar localizada mais próxima ao centro consumidor.
“Tem um problema climático, realmente não dá para prever. Mas porque diabos a indústria tá lá e o centro consumidor está aqui [em São Paulo]? Porque existe uma aberração chamada Zona Franca de Manaus. Então depende de todos os modais, bom se fosse em um lugar que ficasse perto do mercado consumidor a gente não estaria passando por isso, mas agora eles têm mais 50 anos para aquela indústria infante e quando acabar os 50 a gente vai ter mais 120 que é para dar sorte”, disse Schwartsman.
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