O deputado federal Sidney Leite (PSD AM), participou na manhã dessa segunda-feira (24/04) de um encontro com empresários promovido pela Federação de Comércio e Serviço (Fecomercio) com o objetivo de debater a Reforma Tributária e os seus impactos da economia do Amazonas. Também reforçou a necessidade de o Amazonas enviar sua proposta para ser analisada e integrada ao texto.
Atualmente o Comércio representa 70% dos empregos diretos da cidade e por isso a preocupação do segmento com o novo modelo de Reforma Tributária que será apresentado, tem aumentado. De acordo com o parlamentar que integra o Grupo de Trabalho (GT), algumas pautas já estão definidas, mas a Zona Franca e os impactos que ela deverá sofrer ainda segue sendo debatida.
Sidney reforçou ainda que apesar de ainda não existir uma definição sobre o tema, existe consenso sobre a importância do modelo para a economia do país e que por isso, é necessário que o Governo envie sua proposta.
“Hoje, no grupo nós temos um caminho sendo indicado com uma única legislação brasileira e será dual, a tributação sendo trabalhada no destino. Apesar de nós parlamentares e membros do GT lutarmos efetivamente pela Zona Franca, para que a reforma tributária garanta as vantagens comparativas do modelo econômico, o Governo também precisa se mexer e enviar uma proposta. O agro já vem apresentando suas demandas, o Estado se não quiser se sentir injustiçado depois, também precisa apresentar sua contraproposta”, destaca Leite.
Sidney também defendeu que a ZFM mantenha sustentabilidade para garantir as receitas públicas do estado.
“Eu enxergo na biodiversidade, por isso que eu passei quatro anos e continuo lutando, para darmos personalidade jurídica, nós estamos prontos para ter o CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), que na minha opinião deverá ser um centro de bioeconomia, e captação de recursos, trabalhar em pesquisas que já estão maturadas, com estruturação de cadeia produtiva e com isso ter vínculo com a indústria, seja no setor de cosméticos, fitoterápicos, seja na própria indústria instalada no Polo Industrial de Manaus”, disse.
Aderson Frota, presidente da Fecomércio também se pronunciou sobre a importância do comércio. Ele acredita que será a maior fonte de geração de emprego e renda uma vez que a mecanização e a indústria vem automatizando a mão de obra, algo natural no processo de evolução tecnológica.
“A indústria por uma questão de custos está robotizando, o que torna a geração de empregos menor, ao contrário do setor de comércio e serviços que vem gerando empregos cada vez mais e isso tudo precisa ser colocado como preocupação, porque pela proposta da reforma tributária, os setores de comércio e serviços sairão da alíquota atual de 10% a 12% para uma alíquota de 25%. Isso torna inviável a possibilidade de não haver aumento nos preços além da redução na geração de empregos pois a carga será muito grande.” destacou Frota.
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