No que seria a primeira eleição direta para governador no Brasil pós 64, o Amazonas era peça importante no contexto geopolítico para o governo militar. Eles precisavam de um líder eleito pelo povo (e Josué era deputado estadual, inclusive o mais votado) considerando, ainda, que a Abertura Política estava em pleno andamento no país.
Mais do que nunca eles precisavam eleger o sucessor de José Lindoso/Paulo Pinto Nery no governo do Amazonas. E tinha que ser alguém que viera das massas, do meio do povo. Josué era o nome, considerando que era muito bem relacionado e tinha empatia com o povão. Seu carisma era notório.
Para isso, o Partido Democrático Social(PDS) não hesitou em veicular exaustivamente, e em todos os jornais de Manaus, durante as semanas que antecederam o pleito, um apelo popular em forma de publicidade institucional com vistas a fazer a população refletir que o melhor para o Estado seria um governador alinhado com o governo federal.
Com apenas 35 anos, já vereador e deputado estadual(sempre o mais votado), Josué arrebatava multidões com sua verbosidade e o jeito peculiar de bom radialista que era. Com apoio irrestrito de Mário Andreazza, poderoso ministro do Interior( que prometera em palanque 50 mil casas populares durante o futuro mandato de Josué), não foi o suficiente para catapultá-lo à vitória naquelas eleições.
FOI UM GUERREIRO, registra a coluna.
ERA 1982.
Marcelo Guerra / Jornalista MTB 492/AM – MBA Administração Pública
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