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Netflix disponibiliza documentário “O Invasor Americano”

Nova produção mostra o cineasta invadindo outros países e questionando o modelo vendido como ‘american dream’

O documentário é de 2015, mas somente agora foi liberado para países da america latina. Nele o cineasta norte-americano Michael Moore, que possui uma notável postura crítica em relação a inúmeros aspectos da política dos Estados Unidos –  e já deixou isso bem claro nas suas produções de sucesso, como Fahrenheit 9/11, que aborda os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos traçando um paralelo com a posterior invasão do Iraque, ou Tiros em Columbine, que utiliza como premissa o massacre do instituto Columbine para falar da violência norte-americana.

A novidade da vez é o novo documentário chamado Where To Invade Next ( O Invasor Americano), em título nada literal em português. O filme é realmente imperdível e nos deixa a sensação de que falta mesmo alguma coisa. Ao término do documentário muitos sairão modificados com a experiência; para outros não há nenhuma surpresa no “modelo americano” que possa abater a admiração pelo estilo americano de fazer suas políticas públicas,

Vi o documentário de um só fôlego. Liguei para alguns amigos “indicando”  a novidade. Na película, o cineasta viaja para países como Itália, França, Islândia, Alemanha, Noruega, Portugal e Tunísia para mostrar como o ideal do “sonho americano” pode ser percebido por outros povos. Já que o modo de vida norte-americano é considerado pelos próprios um exemplo a ser seguido, Moore chega nos lugares na iminência de plantar a bandeira dos Estados Unidos da sala das pessoas e descobre coisas como o fato de que, na Itália, trabalhadores tem direito a várias semanas de férias remuneradas, além de duas horas por dia para o almoço.

Em outra ocasião, Moore fica sabendo que na França, as crianças podem comer almoços gourmet diariamente nas escolas e que na Eslovênia não existe taxa de matrícula para estudantes universitários. Outras coisas são apontadas no filme, como a representatividade feminina na política da Islândia e a qualidade dos serviços de saúde de diversos países.

O longa é o primeiro lançamento de Moore desde 2009, quando o cineasta divulgou Capitalismo: Uma História de Amor. O novo trailer mostra o diretor levando para outros países a bandeira norte-americana, ironizando a linha tênue entre o que é uma visita e o que é uma invasão de acordo com a ótica dos Estados Unidos. O novo filme está dando muito o que falar. Nota 10.

 

 

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