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Estiagem afeta produção e abastecimento de água potável em área ribeirinha de Presidente Figueiredo

Equipes das secretarias municipais de Assistência Social e Defesa Civil realizaram visita técnica às comunidades na área alagada pela represa de Balbina, onde vivem mais de 600 famílias

Agricultores familiares que vivem em comunidades ribeirinhas na área de Cacaia da Hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo perderam a maior parte da produção e já começam enfrentar problema de abastecimento de água potável, porque os poços artesianos e cacimbas estão secando. A população, também sofre com a escassez do pescado, em função das altas temperatura da água na represa.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16/10), pelos secretários municipais de Defesa Civil, Ronaldo Lima, e da Assistência Social, Irene Maria dos Santos Araújo, após visita técnica realizada, durante o final de semana.

De acordo com os dados, na comunidade Rumo Certo, uma das maiores, onde vivem a maior parte das 600 famílias que moram na área alagada pela represa da hidrelétrica, toda a produção de banana pacovã e maçã, e de pimenta de cheiro e murupi, se perdeu por conta da estiagem.
“Essas famílias vivem exclusivamente da pesca e da agricultura familiar, logo, com a perda da produção e a escassez do pescado, perderam suas fontes de subsistência”, afirmou a secretária Irene Araújo.


Segundo a titular da Semasc, os dados levantados, com número de famílias afetadas e dos principais dados sociais e ambientais provocados pela seca severa que atinge o Amazonas, deverão subsidiar as ações que serão implementadas em breve pela prefeita Patrícia Lopes, dentro do plano de enfrentamento da estiagem.

O secretário municipal de Defesa Civil, Ronaldo Lima, informou que todos os dados coletados deverão subsidiar o decreto de emergência climática que será editado pela prefeita Patrícia Lopes para normatizar as ações de socorro as famílias afetadas pela estiagem.
De acordo com Ronaldo Lima, já durante a visita técnica, foi distribuído hipoclorito de sódio para que as famílias possam tratar a água que consomem, que por conta dos poços e cacimbas terem secado, eles estão retirando diretamente do lago abastecido pelas águas do Rio Uatumã.

Sobre o nível das águas na área de Cacaia, Ronaldo Lima informou que, embora esteja, bem abaixo do normal, não compromete tanto a navegação, porque é controlado pela abertura das comportas, entretendo, as águas tem registrado altas temperaturas, o que provoca a fuga dos peixes.

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