Grupo de detentos fez uma rebelião Penitenciária I de Franco da Rocha, na manhã deste sábado (20/7). Não há reféns, segundo o Governo
Detentos da Penitenciária I de Franco da Rocha, localizada na Grande São Paulo, protagonizaram um motim no fim da manhã deste sábado (20). Até o momento, não há informações sobre feridos ou sobre as causas do tumulto. O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) descreveu a rebelião como uma “tragédia anunciada há anos”.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o motim foi controlado e a situação está estabilizada. Não houve reféns, e o Grupo de Intervenção Rápida, composto por agentes penitenciários, está atuando no local. A secretaria também informou que está sendo realizado um levantamento dos danos ocorridos em dois dos pavilhões da penitenciária.
Em uma nota oficial, o Sifuspesp destacou que a rebelião em Franco da Rocha é um reflexo de problemas preexistentes no sistema prisional. O sindicato criticou a falta de ação das autoridades em relação ao sucateamento das unidades e ao déficit de um terço dos policiais penais. “Desde 2022, o Sifuspesp tem alertado sobre um iminente caos no sistema prisional, devido à deterioração das unidades e ao crescente número de motins e fugas. O fato de que, pela primeira vez em quatro anos, um presídio paulista enfrenta uma rebelião é uma consequência direta da inércia das gestões estaduais, que ignoram os avisos e comprometem a segurança dos servidores e da população”, diz a nota.
O sindicato também denunciou um aumento preocupante na violência dentro das unidades prisionais. Nos primeiros cinco meses de 2024, foram registradas 203 agressões a policiais penais, um aumento de 276% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, o número de assassinatos nas prisões quase triplicou, saltando de 5 para 14. O Sifuspesp atribui essa escalada da violência ao descaso com a segurança pública.
Atualmente, a Penitenciária I de Franco da Rocha, que tem capacidade para 914 detentos, abriga 1.398 pessoas, conforme informações da Secretaria de Administração Penitenciária.
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