Em situação de Emergência desde o início fevereiro, o município de Eirunepé, cuja população é de 35.700 (IBGE, 2020), estima-se que cerca de 12 mil pessoas serão afetadas pela cheia do Rio Juruá, que já ultrapassou a cota de 16,4 metros, com maior impacto nos bairros de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com 3.370 pessoas atingidas, Bairro Santo Antônio com 4.574; Bairro São José com 1.920 e o Bairro Aparecida com 2.382 pessoas afetadas diretamente pela enchente
De acordo com o prefeito Raylan Barroso (DEM), pelo menos 1 mil famílias tiveram suas casas invadidas pelas águas. A prefeitura municipal já inicia os estudos para investimento de cerca de R$ 700 mil na construção de pontes e marombas para a elevação dos pisos das residências.
Com a forte chuva de ontem (8) a enchente alargou ruas, casas, comércios, pontes e trapiches de alguns bairros, a exemplo de 2019, quando a cota atingiu 16,90 centímetros.
A Coordenação da Defesa Civil e Ações Voluntárias municipal, com apoio da Defesa Civil Estadual, realizam diariamente mapeamento das áreas cheia deste ano, para elaboração do plano de prevenção e ações para os possíveis desastres naturais.
Ainda, o Centro de Monitoramento e Alerta – CEMOA/SUBCOMADEC, emite boletim de monitoramento hidrometeorológico da Amazônia Ocidental feito pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), com o comportamento do nível dos rios nas bacias amazônicas, notadamente o rio Juruá e seus afluente principais, Juruá Mirim, Valparaíso, Breu, Moa, Eiru, Tarauacá, trazendo os pontos de enchentes e vazantes para a cidade de Eirunepé.
“Com esses dados, iremos ter as informações de quantos locais serão afetados, famílias e como serão afetados. Em cima dessas informações, elaboraremos um plano de trabalho para diminuir os danos e realizar o trabalho social”, disse o prefeito Raylan Barroso.
Para reduzir este impacto inicial, além do apoio com as estruturas de madeira e transporte, as equipes da prefeitura têm realizado visitas diárias aos moradores para identificar necessidades, inclusive estão monitorando as áreas alagadas para o suporte. “A população não pode ficar desamparada”, disse o prefeito Raylan Barroso que terá uma reunião com o governador Wilson Lima com pedido de apoio para as famílias afetadas.
*******