A Prefeitura de Maués, por meio da Secretaria Municipal de Fomento, Produção e Abastecimento (Sepror), entregou na última sexta-feira, 15, mais de cinco mil alevinos de tambaqui na comunidade Sagrado Coração de Jesus, no rio Paracuni. A produção desses peixes vai servir como projeto piloto do novo programa da prefeitura do município “Águas produtivas”, que vai investir na piscicultura e fomentar a cadeia local, por meio da oferta de peixes juvenis de tambaqui.
Segundo o prefeito de Maués, Junior Leite, a comunidade Sagrado Coração mostrou interesse na piscicultura e, por isso, a prefeitura está dando total apoio e orientando os produtores em relação à construção de um berçário e desenvolvimento dos alevinos.
“O berçário serve para acomodar os alevinos até eles se transformarem em juvenis e ocuparem os ‘tanques-rede’ artesanais que serão produzidos na própria comunidade. Quero que esse projeto piloto seja replicado em outras comunidades, não apenas para o povoamento dos rios, mas também para o auto-abastecimento de comunidades que ficam distante da cidade e tem dificuldade com a alimentação.”, disse o prefeito.
Ainda segundo Junior Leite, a produção de tambaqui vai além da comercialização para Maués ou comunidades vizinhas, mas também tem o objetivo de incluir os peixes na merenda escolar das escolas do município.
Um dos objetivos do programa “Águas produtivas” também é reativar a Unidade Didática de Produção, localizada na sede da Sepror. Nos próximos trinta dias, a ideia é transformar os ‘pós-larva’ em alevinos e ofertá-los para outras comunidades, diminuindo os custos de produção e tornando a atividade economicamente viável para os produtores.
A ideia do programa agradou bastante, produtores como o Danilo Barbosa Freire, da comunidade Sagrado Coração de Jesus. “É uma forma de melhorar a nossa vida. Antigamente, era fácil sair para a beirada e pegar peixes, mas hoje isso se tornou raro, a gente já enfrenta dificuldade para pescar. Com essa vinda dos alevinos, a comunidade terá noção de que é importante criar, para que não falte alimento na nossa mesa futuramente.”, disse.