O vereador Luizinho Canindé (PMN) que é Líder do Governo na Câmara Municipal de Maués, concedeu entrevista ao Maués On Line. Canindé falou de como o parlamento tem colaborado para o desenvolvimento da cidade.
Maués On Line – Vereador o senhor está em seu segundo mandato, como você observa esses seis primeiros meses da nova gestão?
Luizinho Canindé – Com muita alegria e esperança. A nova gestão do Prefeito Júnior Leite iniciou mostrando muito trabalho e respeito aos recursos públicos. Exemplo disso é só fazermos um comparativo de como era a nossa saúde até o final do ano passado, o hospital estava fedendo teve de ser lavado e desinfectado, os aparelhos de ar condicionados em sua maioria estavam queimados, as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) estavam no mais completo abandono sem condições de funcionamento, a realidade hoje é outra. O ano de 2016 terminou de forma melancólica, mas a partir de 1° de janeiro podemos ver mudanças substanciais aconteceram, como o pagamento em dias do funcionalismo, a iluminação e limpeza pública da cidade e a volta do maior programa de combate a desnutrição do interior do Estado, o Leve Leite. Mais recente, no aniversário da cidade, o Prefeito entregou o Posto de Saúde Francisco Sérgio de Oliveira Leite no Santa Luzia, o bairro mais populoso do município, que estava mais de 4 anos parado numa “reforma” sem fim, além da entrega de veículos, implementos agrícolas, lançamento de pacotes de obras entre outras ações de governo que marcaram os 184 anos de Maués. A meu ver, isso demonstra espírito público e vontade de fazer da nova gestão.
MOL – No mandato passado o senhor era líder da oposição e hoje é líder do governo. Como foi essa transição?
LC – De forma muito madura e tranquila. No mandato passado tínhamos um governo muito aquém das necessidades da população e com quase nenhum diálogo com o Poder Legislativo, a realidade vivida atualmente é muito diferente, hoje a prefeitura e o legislativo estão juntos para que nossa cidade possa avançar e progredir. Nosso município deixou de ter ganhos significativos, não podemos deixar essa história se repetir. Quando estava na oposição tive que ser duro e incisivo para que muitos desmandos não ocorressem, mas nunca fui incoerente. Hoje continuamos na mesma linha, o que mudou é que o Governo quer acertar e mantém um diálogo constante conosco. Continuamos independentes, porém convivendo de forma harmoniosa.
MOL – Quais ações do Legislativo o senhor destaca nesse primeiro semestre?
LC – O Legislativo iniciou os trabalhos a todo vapor, logo de inicio o Município precisou passar por uma reforma administrativa, haja vista o quadro em que se encontrava era delicado e a Câmara foi palco dessa e de muitas outras discussões. Na área social destaco a isenção do Imposto de Transição de Bens Imóveis (ITBI), para os beneficiários do Programa Minha Casa Minha e a regulamentação da concessão de Benefícios Eventuais pela Política Municipal de Assistência Social, que instituiu critérios, assegurando que as pessoas em vulnerabilidade social tenham acesso aos programas, ao invés de serem escolhidos por outros motivos, inclusive eleitoreiros. Destaco também a instituição do Estágio Remunerado para os alunos do Ensino Médio e Superior e a atualização do Programa de Apoio aos Pequenos Negócios Produtivos do Município de Maués, que possibilitará a reativação do Banco do Povo, que foi criado para fomentar os pequenos negócios e estava esquecido.
MOL – Também está um curso uma CPI sobre sua relatoria, o que senhor tem a dizer?
LC – Sim. É inegável a herança maldita, outro dia autorizamos o parcelamento uma dívida milionária da Prefeitura com a Amazonas Energia. Mas a CPI foi criada para apurar os gastos oriundos de um Precatório do FUNDEB da ordem de mais de 20 milhões que o município recebeu em dezembro de 2016 e, pelo que já foi apurado, foi gasto de forma incorreta com fortes indícios de malversação dos recursos. Já terminamos a fase das oitivas, nos resta ainda à juntada de alguns documentos para emitirmos o Relatório Final que será feito no segundo semestre. Recentemente o ex-prefeito, a ex-secretária de finanças e o advogado que representava o município nessa ação tiveram seus bens bloqueados a fim de ressarcir o município em 5,5 milhões de reais. Esse montante fora pago, de forma irregular, a título de honorários advocatícios. Mas assim que concluirmos os trabalhos e encaminharmos o relatório aos órgãos competentes poderemos nos aprofundar mais no assunto.
MOL – Finalizando vereador, qual sua expectativa para o segundo semestre?
LC – As melhores possíveis. Esperamos que acabe essa instabilidade na política estadual e federal para que o município possa receber recursos externos e assim acelerar as mudanças que tanto precisamos. Vale ressaltar que o que está sendo feito é com recursos próprios, que todos sabemos não são abundantes, e mesmo com toda escassez Maués vive um novo momento e nós, no Poder Legislativo, estamos prontos a contribuir sempre.