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Quase 17 mil quilos de pescado irregular são apreendidos pelo Ibama — Ibama

Brasília (13/12/2024) – Ao longo de um mês, agentes de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) percorreram seis estados brasileiros para combater a pesca irregular de lagostas vermelha (Panulirus argus) e cabo verde (Panulirus laevicauda), que estão no período de defeso. Durante a Operação Panulirus, foram registradas 82 infrações, apreendidos 16,9 mil quilos de pescado irregular e resgatados 202 guaiamuns, espécie de caranguejo ameaçado de extinção. Os fiscais ainda aplicaram multas no valor total de R$ 2,8 milhões.

Embarcação de interceptação do Ibama participa da Operação Panulirus, no litoral nordeste.
Embarcação de interceptação do Ibama participa da Operação Panulirus, no litoral nordeste. – Foto: Fiscalização/Ibama

A operação foi realizada no litoral dos estados do Piauí, do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco e de Alagoas. Pelo mar, os agentes abordaram embarcações de pesca. Em terra, foram fiscalizados restaurantes, pousadas, depósitos de pescados, distribuidores e outros comerciantes. A ação contou com a parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Polícia Federal (PF) e da Marinha do Brasil (MB).

Durante o defeso das lagostas, que vai do início de novembro até o fim de abril, ocorre uma paralisação temporária da pesca para a preservação desses animais, em uma área que vai do litoral do Amapá até o Espírito Santo. “As lagostas vermelha e cabo verde estão em nível de sobre-explotação, exigindo do Estado brasileiro a adoção de medidas para a sustentabilidade da pesca dessas espécies”, explica o chefe do Núcleo de Operações de Fiscalização da Atividade Pesqueira (Nupesc) do Ibama, Igor de Brito Silva.

Outras regras restringem a pesca predatória ao longo de todo o ano. Dentre elas, estão o tamanho mínimo do animal para captura, a proibição de uso de equipamentos de grande impacto, a definição de área de proibição e o controle da quantidade de barcos em atividade.

A captura de lagostas por meio do mergulho com uso de compressor de ar é o tipo de pesca mais comum, mesmo sendo proibido. Para atrair o animal, o pescador lança dispositivos artificiais, como tonéis de ferro e sucatas de eletrodomésticos, onde as lagostas são capturadas ao buscar abrigo. Essa prática aumenta a pressão da pesca sobre a espécie, além de gerar riscos à saúde dos próprios pescadores e poluição marinha pela deposição de resíduos sólidos.

Operação Panulirus atuou em seis estados do Nordeste brasileiro para fiscalizar pesca de lagostas.
Operação Panulirus atuou em seis estados do Nordeste brasileiro para fiscalizar pesca de lagostas. – Foto: Fiscalização/Ibama

Segundo Bruno, a Operação Panulirus é um importante instrumento de enfrentamento às ilegalidades relacionadas à pesca da lagosta. “A cada ano, o Ibama vem ampliando seu esforço de fiscalização a essa atividade, medida vital para a sustentabilidade dessa espécie”, declara o chefe do Nupesc.

Balanço da Operação Panulirus

82 Autos de Infração;
16,9 mil quilos de pescado irregular apreendidos;
202 guaiamuns resgatados (espécie de caranguejo ameaçada de extinção);
R$ 2,8 milhões em multas aplicadas;

Fiscalização marítima, com o uso de 3 embarcações de interceptação;
Fiscalização terrestre em estabelecimentos comerciais;
Locais: PI, CE, RN, PB, PE e AL;
Duração: 31 dias.

Assessoria de Comunicação do Ibama
61 3316-1015

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