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Projeto Estratégico Cultivo Limpo orienta pequenos agricultores na Paraíba — Ibama

João Pessoa (22/11/2024) – Nos dias 7 e 8 de novembro, o Projeto Estratégico Cultivo Limpo foi realizado em Alhandra e Sapé, com a participação de produtores rurais de nove municípios paraibanos. A iniciativa, que contou com a participação do Ibama na Paraíba, tem como foco conscientizar pequenos agricultores sobre o manejo adequado de agrotóxicos, a prevenção de impactos ambientais e à saúde pública, além de reforçar a logística reversa das embalagens de produtos químicos.

O projeto é articulado pelo Ministério Público do Estado da Paraíba, em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Associação dos Revendedores de Produtos Agropecuários do Nordeste (Arpan), a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) e a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer). Entre 2023 e 2024, a meta é alcançar pequenos agricultores de 73 municípios do estado.

No dia 7, o evento foi realizado em Alhandra, com a presença de produtores do Conde, Caaporã e Pitimbu. Já no dia 8, em Sapé, agricultores de Sobrado, Mari, Cruz do Espírito Santo e Riachão do Poço participaram das atividades. Durante a programação, foram discutidos temas como manuseio seguro de agrotóxicos, controle biológico de pragas, fiscalização ambiental e práticas de logística reversa, que busca o retorno das embalagens ao ciclo produtivo.

-Foto: Ibama/PB
-Foto: Ibama/PB

Impactos do uso indiscriminado de agrotóxicos

O uso excessivo de agrotóxicos pode causar danos significativos ao meio ambiente, como a contaminação de rios, lagos e aquíferos, além de prejudicar organismos não-alvo, como insetos polinizadores e aves. Essas substâncias também afetam o solo, comprometendo sua fertilidade e, consequentemente, a produção agrícola. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 20 mil mortes anuais são atribuídas ao uso inadequado de agrotóxicos, que também representam riscos à saúde pública por meio da contaminação de alimentos e da água e do contato direto com os produtos químicos. Os efeitos à saúde podem ser agudos, com sintomas como irritação na pele, dificuldade respiratória e náuseas, ou crônicos, resultando em problemas mais graves, como distúrbios hormonais, câncer e danos aos órgãos vitais, como fígado e rins. O consumo de alimentos e água contaminados, além do contato com roupas de trabalhadores expostos, também constitui formas comuns de contaminação ambiental, afetando a saúde de toda a população.

O papel do Ibama no controle de agrotóxicos

O Ibama atua na análise, registro e controle dos agrotóxicos no Brasil, conforme previsto no Decreto Nº 12.130, de 7 de agosto de 2024. Além disso, o Instituto é responsável por avaliar o Potencial de Periculosidade Ambiental (PPA) dos produtos, classificando seus impactos ambientais e garantindo o cumprimento das normas técnicas e legais. A Portaria nº 84/1996 institui um sistema permanente de avaliação, que visa mitigar os riscos associados ao uso desses produtos.

Educação ambiental e proteção dos pequenos agricultores

O Projeto Cultivo Limpo também visa proteger agricultores vulneráveis, que, muitas vezes, desconhecem os riscos associados ao uso de agrotóxicos. A conscientização promovida pelo programa busca capacitá-los sobre práticas seguras e sustentáveis, contribuindo para a proteção da biodiversidade e para a segurança alimentar.

Supes/PB
Assessoria de Comunicação do Ibama
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